Mascaras que uso, todas diferentes mas nem todas iguais,
apenas algo em comum entre elas, quem as usa. Ou o que as usa. O quê ou quem
porque assim o é, hoje diferente do que não vai ser ontem ou o que pode ter
sido amanhã. Quem tu és não me interessa, desvalorizo tal conhecimento com um escárnio alimentado pelo desconhecido. Esse sou eu, esse era quem queria saber
o que é. As mascaras não me deixa ver, mostram-me reflexos nos fragmentos que
espelham a minha vida numa pilha de cacos de momentos diferentes e confusos.
Coloco outra mascara, agora já não me interessa, não quero
saber, estou-me completamente a borrifar para isto, para mim, para questões.
Outra mascara e fico triste por assim o ser. Porquê?
Outra, e sou feliz, apenas porque sou.
E cria-se a confusão de sentimentos, nunca sei como estou ou
até porque penso, ou não. Não chego a conclusões, e essas quando a mim chegam
parecem-me erradas, noutros dias certas, mas nunca esclarecedoras,
satisfatórias.
Decido avançar, pelo menos agora o quero, e vou, deixo para
trás o que mais importa de ser esquecido. Mas não me lembro. Sei que assim
pensei, e desta sigo, para lá, onde não sei, se será por aqui ou por acolá mas
vou.
Mas sem elas, as mascaras, não sei quem ou o que vou ser.
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