segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mascaras



Mascaras que uso, todas diferentes mas nem todas iguais, apenas algo em comum entre elas, quem as usa. Ou o que as usa. O quê ou quem porque assim o é, hoje diferente do que não vai ser ontem ou o que pode ter sido amanhã. Quem tu és não me interessa, desvalorizo tal conhecimento com um escárnio alimentado pelo desconhecido. Esse sou eu, esse era quem queria saber o que é. As mascaras não me deixa ver, mostram-me reflexos nos fragmentos que espelham a minha vida numa pilha de cacos de momentos diferentes e confusos.
Coloco outra mascara, agora já não me interessa, não quero saber, estou-me completamente a borrifar para isto, para mim, para questões.
Outra mascara e fico triste por assim o ser. Porquê?
Outra, e sou feliz, apenas porque sou.
E cria-se a confusão de sentimentos, nunca sei como estou ou até porque penso, ou não. Não chego a conclusões, e essas quando a mim chegam parecem-me erradas, noutros dias certas, mas nunca esclarecedoras, satisfatórias.
Decido avançar, pelo menos agora o quero, e vou, deixo para trás o que mais importa de ser esquecido. Mas não me lembro. Sei que assim pensei, e desta sigo, para lá, onde não sei, se será por aqui ou por acolá mas vou.
Mas sem elas, as mascaras, não sei quem ou o que vou ser.

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